Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
– Olha só que erro ortográfico grosseiro tem nesta petição!
E mostra a ele uma petição onde se lia: ‘Esselentíssimo Juiz’.
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou:
– Por acaso esse advogado foi seu aluno na faculdade?
– Foi sim – reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
– Ora, meu caro, você não sabe como se escreve a palavra Excelentíssimo?
Então o advogado explicou ao Juiz:
– Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes: Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer: ‘Esse lentíssimo juiz’.