Um fogo deflagrou num Monte Alentejano.
Os bombeiros foram imediatamente chamados para extinguir as chamas.
O fogo estava cada vez mais forte, e os bombeiros não conseguiam dominar as chamas.
A situação já estava ficando fora de controle, quando alguém sugeriu que se chamasse o grupo voluntário da Vidigueira.
Apesar de algumas dúvidas quanto a capacidade e equipamentos dos voluntários, seria mais uma forma de auxilio.
Assim foi.
Os voluntários chegaram num caminhão velho, desgastado pelos anos e operações de combate.
Passaram em grande velocidade e dirigiram-se em linha reta para o centro do incêndio. Foram até ao meio das chamas e pararam.
Estupefata a população assistiu a tudo.
Os voluntários saltaram todos para fora do caminhão e começaram a pulverizar freneticamente em todos os sentidos. Como estavam no meio do fogo, as chamas dividiram-se, e restaram duas porções facilmente controláveis.
Impressionado com o trabalho dos voluntários da Vidigueira, o dono do monte respirou de alívio quando viu a sua propriedade ser poupada da devastação das chamas. Pegou a carteira e passou um cheque de 5000 euros à corporação voluntária.
Um repórter do jornal local perguntou logo ao comandante dos bombeiros:
– “5000 euros! Já pensou o que vai fazer ao dinheiro?”
– “Penso que é óbvio, não é?” – responde o comandante sacudindo as cinzas do capacete – “A primeira coisa que vamos fazer é arrumar a porra do freio do caminhão!”