– Boa Tarde! Faça o favor de se sentar minha senhora.
– Boa Tarde doutor, com licença.
– A minha secretária já fez a sua ficha, mas diga-me como se chama…
– Maria da Luz.
– Então, de que se queixa Dona Maria da Luz?
– Ai doutor, tenho um problema mas, não fico muito à vontade e nem sei como começar.
– Não tem nada que se envergonhar, seja o que for, os médicos não julgam ninguém.
– Doutor, eu levanto-me e sinto logo umas coisas, uns calores, uma vontade muito grande… sabe? Só me passa fazendo amor, mas como o meu marido sai cedo de casa, eu vou à janela e chamo o primeiro que aparece. Fazemos amor e fico quase bem. Pra ficar completamente calma, tenho que chamar outro dai um tempinho. E da parte da tarde é a mesma coisa, faço amor com três ou quatro e já me aguento até à noite. Ando com um bocado de vergonha e muito inquieta por não saber o que é isto. O doutor sabe o que tenho? É alguma coisa má?
– Pelos sintomas, trata-se de um distúrbio do comportamento sexual que se chama “ninfomania”.
– Ninfoquê, doutor?
– Ninfomania… nin-fo-ma-nia.
– O doutor não se importava de escrever o nome aí num papel?
– E por que escrever senhora?
– Pra eu mostrar lá no bairro pra todo mundo que me chama de PUTA!