A cantada faiô…

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Um casal de caipiras estava debruçado na cerca da fazenda, quando um touro começou a cobrir uma vaca.
Zé Tonho começou a ficar excitado. Olhava para Mariazinha com olhos gulosos e percebeu que ela também não tirava os olhos dos dois animais.
Então, Tonho foi se animando e perguntou:
– E aí, comadre? Tá gostando?
– É craro! Dá uma coceguinha embaixo da saia….
– E a comadre não gostaria de exprimentá, também?
– Eu aceito, sim, mas ocê segura as patas do touro, pra ele não subir todo em cima de mim?

Caipira mal agradecido…

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O caipira entrou no consultório e meio sem jeito foi falando:
– Doutor, o negócio não sobe mais. Já tomei de tudo quanto foi chá de pranta mas não sobe mais mesmo.
– Ah não, meu amigo. Vou te passar um medicamento que vai deixar você novo em folha. São cinquenta comprimidos, um por dia.
– Mas doutor, eu sou um homem simples da roça.Só sei contar até dez nos dedos e mais nada.
– Então você vai numa papelaria, compra um caderno de cinquenta folhas. Cada folha um comprimido. Quando o caderno acabar você já vai estar curado. A receita está aqui.
– Brigado doutor.Vou agora mesmo comprá o tal caderno.
E logo que saiu do prédio avistou de fato uma papelaria ali perto. Entrou, a moça veio atender:
– Eu precisava de um caderno de cinquenta fôia.
– É brochura?
– Médico fio da puta. Já andou espaiando meu pobrema por aí.

Conosquinho…

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Um dia, um caipira foi entregar o leite na casa do patrão bem na hora do almoço e foi convidado a comer com a família. Com vergonha de sua falta de modos, ele preferiu não aceitar. O patrão insistiu:
– Coma conosco.
E o caipira:
– Não, brigado.
– Coma conosco, está uma delicia!
– Ah, tudo bem, acho que vou experimentar um conosquinho, então.

O caipira não é bobo…

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Os primos da cidade foram passar o natal com os parentes do sítio.
Alguns dias depois após o natal, o primo da cidade, querendo se mostrar ao pobre, falou:
– Primo, viu o que eu ganhei de presente? Um ‘Ipod’!!! Espetacular.
O primo caipira retrucou:
– Bão primo, muito bão!!!
Aí o da cidade perguntou:
– Como bom, primo! O que foi que você ganhou?
-Ganhei isso aí tamém, uai.
– Mas, quem te deu?
– Minha prima. A tua irmã.
– E de que marca era?
– Sei lá primo. Nóis dois tava onte na cachoera nadano pelado. Eu cheguei por trás dela e encostei. Ela virou pra mim e falou: “Ai! Pode!” É bão demaissssss, primo. Agora, se tem marca, eu sei não…

Desgosto do caipira…

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Dois compadres se encontram depois de mais vinte anos que não se viam.
– Ô cumpade, quantempo sô! Tudo bão cocê?
– Bão sô, i cocê?
– Bão tomém!
– E a patroa e os mininos, mi conta sô!
– Pois é, o mais véio dá um trabaião, ele é desses tar de homissexuar…quando disimbesta a dá o butão, num pára mai….mai dá, dá, dá….mai dá o dia intero!
– Nó cumpade, que disgosto!
– E o pior é que u du meio foi infruenciado por ele! Resurtado, dá tomém! E quando junta os dois intão…mai dão, dão, dão…dão o dia intero!
– Eita cumpade, que trem isquisito sô!!!
– E o seu fio mai novo, num vai dizê que ele tomém foi infruenciado….
– Pra num deixá infruenciá o caçula, mandei ele pra casa da vó lá pás banda do sul.
– Intonces, esse iscapô?
– Bão! Nem tanto, esse só dá quando bebe…
– Meno mar, né cumpade?
– É…mai bebe, bebe, bebe…bebe o dinterim.

Come terra…

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Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e proseavam. Um deles pergunta:
– Ô cumpadi, cumé que chama mermo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, vermeia e que come terra?
– Uái… (Olha para o sinal das duas mãos) Quentim… Vermeia…? A gente gosta?
– Uái, sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!
O outro dá uma pitada no cigarro:
– Pois si come, cumpadi. Só di mim, cumeu três fazenda.

O Caipira e o supositório…

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Cláudio estava sentindo fortes dores nas costas, mas como era caipira da gema, não queria ir ao médico de jeito nenhum. Até que, depois de sua mulher Gislaine insistir muito, ele concordou em ir. Mas ela fez questão de ir junto. Enquanto ele era examinado, sua esposa esperava do lado de fora. E o médico disse:
– Não é nada grave, só uma inflamação… Você coloca esse supositório e fica tudo bem!
– Brigado, dotô… – disse o caipira, saindo da sala.
Do lado de fora, Gislaine foi logo perguntando:
– I aí, Cráudio? Como foi, homi?
– Eu só perciso usá esse negóço aqui… Chama “suipostório”!
– Mais comé qui si usa isso, homi?
– Uai… – disse ele, colocando a mão na cabeça – Sei lá eu, sô!
– Intão vorta lá, uai! Ocê tá pagano, ele tem qui ti ixpricá!
– Ai… O homi vai ficá brabo!
– Vai lá i num recrama, Cráudio!
E lá se foi o Cláudio:
– Dotô! Onde foi qui o sinhô mandô colocá o suipostório memo?
– No reto. Supositórios são para colocar no reto.
– Brigado, dotô… – disse ele, saindo da sala.
– I aí, Cráudio – perguntou Gislaine.
– Eu perciso colocá isso aqui no reto! – disse ele.
– Mais onde é qui fica esse negóço, Cráudio!
– Uai… Eu sei lá!
– Mais ocê tá pagano! Ele tem que ixpricá tudo! Trata di vortá e perguntá!
– Mas o homi vai ficá brabo, Gislaine…
– Vai logo, Cráudio!
E lá estava o caipira de novo na sala do médico.
– Ondi é memo qui tem qui colocá o troço, dotô?
– No reto – explicou o médico, calmamente – No final da coluna cervical…
– Brigado, dotô! – e saiu da sala.
– Pronto, Gislaine – explicou ele pra sua esposa – É só eu colocá no reto, qui fica no finár da coluna cervicár!
– Ai, Cráudio! Mais o que é essa tár de cervicár?
– Ih, isso eu já num sei…
– INTÃO VORTA LÁ, HOMI!
E lá se foi ele mais uma vez.
– Dotô… Disculpa… Mais onde foi memo que o sinhô falô pra infiá o negocinho?
– No cu, Cláudio! No cu! Enfia no cu!
Cláudio saiu da sala do médico e comentou com a esposa:
– Viu, Gislaine… Eu num falei que o homi ia ficá bravo?

Defendendo a amada…

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O caipira leva a mulher ao hospital. A médica começa a examiná-la:
– Huuummm… A sua mulher não está com uma aparência muito boa. Olhos fundos, pele escamosa, lábios murchos, rosto sem cor…
E o caipira:
– Dona, se a senhora se olhar no espelho, vai ver que também não é lá essas coisas!

O caipira e o português…

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O caipira chega ao armazém e pede um quilo de alpiste. O português avisa:
– Tens que me trazer o passarinho!
– Como assim?- estranhou o caipira.
– Acontece que o alpiste esta em falta e eu só vendo pra quem precisa! Se não for consumir, não leva alpiste!
– Contrariado, o caipira busca o passarinho, desconfiado que o português estivesse querendo tirar uma da cara dele. Volta dias depois para comprar milho.
– Tens que me mostrar as galinhas! – avisa o português.
– Mas isso é um absurdo! Nunca vi uma coisa dessas! – esbraveja o caipira.
Mas o português é irredutível:
– Sem galinha, não leva milho!
O caipira busca as galinhas e leva o milho!
Dias depois, o caipira volta trazendo duas latas, que bota em cima do balcão. Chama o português e pede pra ele enfiar as duas mãos dentro das latas. O dono do armazém obedece. E o caipira diz:
– Agora, por favô, o senhor pode me vendê dois rolo de paper higiênico?