Numa manhã tranqüila numa cidadezinha do sul das Minas Gerais, o padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de uns nove ou dez anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, ar angelical, conduzindo umas seis ou sete cabras.
Era com esforço que a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las caminhar.
O padre observava a cena. Começou a imaginar se aquilo não era um caso de exploração de trabalho infantil e foi conversar com a menina.
– Olá, minha jovem. Como é o seu nome?
– Rosineide, seu padre.
– O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide?
– É pro bode cobrir elas, seu padre. Tô levando elas lá pro sítio de seu João.
– Me diga uma coisa, Rosineide, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?
– Pode não, seu padre! Já fizeram… Mas num dá cria… Tem que ser um bode mesmo!
Seria outro causo de Tabuí? O Eurico que responda…huahuahua